O primeiro passo numa investigação surge quando se encontra a resposta a uma pergunta, dificuldade ou problema (escolha de uma área problemática). Em educação, o problema formula-se na forma de questão (investigação voltada para a compreensão ou explicação de um fenómeno) ou como uma resposta.
Se à partida nos pode parecer fácil definir um problema para estudo (não faltam fenómenos por compreender ou situações a alterar no comportamento individual e de grupo). Pior ainda se a situação não estiver clara logo de inicio, podendo-se afirmar que bastante tempo e custos seriam economizados se tudo fosse devidamente definido à partida. Uma má formulação do problema pode levar-nos a investigar falsas realidades e, Tukey (1962, p. 13), "é preferível de longe uma respostas aproximada à pergunta certa que por vezes é vaga, do que uma resposta exacta à pergunta errada, que pode tornar-se sempre precisa.
A definição de um problema pode ser feita através de um raciocínio indutivo ou dedutivo. No primeiro caso, vários fenómenos singulares são observados e, a partir deles, procura-se chegar a algo que os unifica (parte-se assim do especifico para o geral). Por exemplo, numa turma com os alunos com mais dificuldades de aprendizagem (A) referem ter problemas relacionais em casa (B), nessa altura poder-se-ia tentar investigar se as dificuldades escolares são explicáveis pelos problemas familiares (B ------>A). No método dedutivo, o mais recente na investigação cientifica (Popper, 1959), o ponto de partida não são as observações singulares, mas as teorias já existentes. Neste caso, parte-se de "ideias gerais e abstractas de modo a extrair dados específicos e particulares" (Pinto, 1990, pág. 14) ou seja, parte-se de um conjunto de premissas para a sua verificação. Por exemplo, será que as expectativas negativas de um professor em relação ao rendimento de um aluno acabam por influenciar negativamente a sua progressão na aprendizagem?
Por norma, qualquer estudo ou investigação termina sugerindo novas pistas e colocando novas questões para prosseguimento das análises, permitindo poupar tempo e meios, dirigindo a investigação para aspectos ainda não devidamente esclarecidos e potencialmente interessantes.
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