domingo, 20 de fevereiro de 2011

Debate final

Na fase final desta actividade tivemos  uma semana dedicada ao debate final na qual tivemos que responder a algumas questões que mereceram particular reflexão, nomeadamente:
- cuidados a ter durante a realização da entrevista
- como ultrapassar entrevistados pouco cooperantes ou muito divergentes
- dificuldades em estabelecer/rever as categorias de análise
- como garantir que não estamos a sobrepor a nossa "voz" à dos entrevistados qd fazemos a análise.


Da minha participaçãp no forum, que desta vez não pode ser tão participativa quanto eu gostaria...realço apenas este comentário:
10 Características a possuir por um Entrevistador de Sucesso, segundo Kvale(1996)*:

• Conhecedor - está familiarizado relativamente ao focus da entrevista; podem ser usadas entrevistas piloto do mesmo tipo na preparação;
• Estruturado - clarifica o propósito da entrevista; pergunta se o entrevistado tem perguntas;
• Claro – perguntas breves, feitas com clareza e simplicidade;
• Gentil – deixa o entrevistado concluir, tolera pausas e concede tempo para pensar;
• Sensível - ouve com atenção o que é dito e como é dito; usa empatia para lidar com os entrevistados;
• Aberto – responde ao que é importante para o entrevistado e é flexível;
• Manipulador - sabe o que quer descobrir;
• Crítico - está preparado para desafiar o que é dito, ocupando-se, por exemplo de inconsistências ou contestações dos entrevistados;
• Recorda - relaciona o que se diz com o que se disse anteriormente;
• Interpretativo - clarifica e amplia os significados das declarações dos entrevistados, sem atribuir-lhes a importância pessoal dos entrevistados.
Aos quais o(a) autor(a) juntaria as seguintes características:
• Equilibrado - deve usar a sua fala apenas para o necessário (não deve falar, nem pouco, nem em demasia);
• Sensível eticamente – dá a conhecer os propósitos da entrevista e garante a confidencialidade das respostas dos entrevistados

* Retirado e traduzido de INTERVIEWING IN QUALITATIVE RESEARCH

Análise das Entrevistas

Depois de efectuada a transcrição da nossa entrevista, cada um de nós  arranjou  um parceiro com quem trocar as entrevistas para validar a análise que foi feita e para verificar se há ou não concordância na análise. No meu caso a troca de entrevista (e vice versa) foi feita com o colega Carlos Carvalho, a quem foi disponibilizada e disponibilizou não só a entrevista transcrita mas também a respectiva grelha de análise. Sendo assim possivel verificar a fiabilidade das análise realizadas.
Posteriormente a minha  análise foi sujeita a algumas alterações pontuais sugeridas pelo colega. Tendo o mesmo acontecido em relação ao Carlos Carvalho, que refez a sua análise da entrevista com base nos comentários que efectuei.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Entrevista

A entrevista, contrariamente ao que se pode pensar, não é fácil de conduzir, porque requer o conhecimento de técnicas e um treino intensivo para dela se poderem extrair resultados. Embora a entrevista se possa definir como uma conversa entre duas pessoas, ela não é realmente uma conversa como as que podemos ter despreocupadamente com colegas. Toda a entrevista é intencional, visa um objectivo (ou um conjunto de objectivos).

Eis chegado então, a fase de realizar a entrevista no terreno. Com a autorização da entrevistada, a entrevista foi gravada e posteriormente transcrita.



Guião das entrevistas

Depois do caos generalizado, a intervenção do Professor veio apaziguar os animos e de uma forma mais ou menos concensual, foi definido o guião da entrevista a utilizar por todo o grupo/turma. Tendo sido adoptada como versão final do guião a proposta elaborada pelo meu grupo, Cortomaltese.


Entrevista para o estudo do uso de redes sociais, na perspectiva dos professores

Introdução
Este trabalho destina-se ao estudo da perspectiva dos professores face ao uso das redes sociais, em contexto de ensino-aprendizagem.
Características gerais

Perfil do candidato: Professores do ensino básico/secundário
População e indivíduos: Professores a leccionar em Portugal
Tema da entrevista: As redes sociais em contexto de aprendizagem
Objectivos: Conhecer a opinião dos professores sobre as redes sociais e a sua utilização no ensino


Questões
Perfil do entrevistado
Sexo:      Idade:        Local:
Habilitações Literárias:
Grupo de Recrutamento Docência (Nível de ensino):
Disciplina (s) que lecciona:
Anos de serviço na docência:

Dimensão I
Quais as redes sociais que conhece e como as descobriu?

Quais os objectivos/funcionalidades de cada uma delas e, na sua opinião, que importância têm?

O que pensa sobre o seu uso? Vantagens e desvantagens na sua utilização?

Quem considera serem os públicos das redes sociais?


Dimensão II
Está registado/inscrito (ou participa em /utiliza) alguma rede social? Qual e  porque motivo(s) se inscreveu / a(s) utiliza ?


Com que frequência a(s) utiliza e que actividades aí desenvolve?

·         Se ainda não estiver inscrito:
Como vê a possibilidade de se tornar um utilizador de redes sociais e tem intenção de se registar, futuramente? Porquê?

Dimensão III
Considera que as redes sociais podem ser utilizadas no ensino ou como suporte do processo de ensino aprendizagem?

Quais as vantagens e desvantagens da utilização das redes sociais no contexto educativo?

Considera que poderão influenciar a prática pedagógica dos professores? Pode exemplificar?

Neste tipo de ambiente, como vê a interacção dos alunos entre si e com o próprio professor?

Considera que esta interacção promove o desenvolvimento da capacidade da expressão escrita/oral do aluno?

 Considera que as metodologias de ensino actuais poderão vir a ser influenciadas pelas redes sociais? De que forma?

Tem conhecimento de alguma situação concreta desta aplicação no ensino? Pode descrevê-la?

A entrevista como técnica de recolha de dados

Nesta fase, cada um de nós fez  de uma  pesquisa individual sobre a utilização de entrevistas e sobre as técnicas de entrevista, com a finalidade de preparar em equipa  um guião para uma entrevista.
A entrevista é uma das técnicas mais comuns e importantes no estudo da acção educativa. Adopta uma grande variedade de usos e de formas que vão da mais comum (a entrevista individual) à entrevista de grupo, ou mesmo às entrevistas mediatizadas pelo telefone ou computador. A sua duração pode limitar-se a uns breves minutos ou a longos dias, como é a caso da entrevista nas histórias de vida.
Existem três características básicas que podem diferenciar as entrevistas:
Entrevistas desenvolvidas entre duas pessoas ou com um grupo de pessoas.
Entrevistas que abarcam um amplo espectro de temas (ex.: biográficas) ou as que incidem sobre um só tema. Entrevistas que se diferenciam consoante o maior ou menor grau de pré-determinação ou de estruturação das questões abordadas - entrevista em profundidade não-directiva, entrevista semi-estruturada e entrevista estruturada e estandardizada.
Vantagens:
- possibilidade de manutenção do anonimato dos entrevistados;
- maior abertura dos entrevistados;
- maior facilidade e abertura proporcionada pela comunicação verbal;
- conhecimento mais profundo que possibilita ao entrevistador;
- acesso a informações armazenadas informalmente e inconscientemente;
- melhor julgamento sobre as organizações e os seus agentes (tipos de liderança, ...);
- estimula o raciocínio de entrevistadores e entrevistados.

Desvantagens:
- alguma dificuldade em realizar anotações;
- possibilidade de existência de palpites, comentários subjectivos e pouco correctos eticamente;
- possibilidade de envolvimento emocional.

As entrevistas a realizar são semi-estruturadas e inserem-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário.
São três as questões de investigação:
1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc?
2) Como  é que vêm a sua (hipotética/real)  participação numa rede social?
3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?

Neste sentido, cada equipa deverá elaborar um guião para a entrevista e disponibilizá-lo no fórum.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Resumindo...

Resumindo em traços gerais as intervenções realizadas pelos colegas neste fórum, foram realizadas as seguintes  abordagens:

a) Métodos quantitativos;
b) Técnicas de recolha de dados;
c) O questionário;
d) Objectivos do questionário;
e) Vantagens e desvantagens do questionário;
f) Dicas para a construção do questionário;
g) Tipos de questão;
h) Dicas para a construção das questões;
i) A entrevista;
j)Vantagens e desvantagens da entrevista;

Qualquer uma das técnicas utilizadas tem vantagens e desvantagens, devemos sim aplicar aquela que considerarmos a mais indicada de acordo com o objectivo do estudo e do conhecimento prévio sobre o fenómeno a abordar

Fórum - Métodos quantitativos de recolha de dados - 2ª intervenção

Actualmente, a Internet apresenta-se como uma forma de recolha de dados revolucionária e facilitadora. No entanto, os perigos não devem ser colocados de lado, como os critérios de manutenção de qualidade de informação. O manancial informativo é imenso e cabe ao investigador ter o máximo cuidado nos conteúdos que utiliza da rede global.
Pouco se falou dos questionários on-line, e como eles podem simplificar tanto o processo de recolha como o do tratamento dos dados. Segundo (CROMPTON, 1999) “uma das desvantagens na administração de questionários é justamente em obter uma quantidade útil de respostas.” Uma outra desvantagem refere-se à organização dos dados para análise, já que a maioria dos questionários é aplicada em papel ou por meio electrónico sem uma estrutura adequada, como um questionário via e-mail, por exemplo. Desse modo, uma boa avaliação através de questionários deve abranger recolha e análise de respostas de forma eficiente. Para isso, é desejável um sistema que automatize ao máximo esse processo. Um gerenciador de questionários necessita disponibilizar vários tipos de questões para atender a diversas necessidades. Alguns exemplos são: questões objectivas, questões abertas, questões de resposta numérica, entre outras. Preferencialmente, o questionário deve estar disponível para o entrevistado de forma fácil e acessível, e a recolha dos dados deve ser automatizada. Outro requisito muito importante é que a publicação dos questionários seja acessível a não técnicos, porque limitava à partida quem não se sinta à vontade com as tecnologias, quer como criador do questionário, quer como elemento que o responde. Assim, e referindo-me à possibilidade de facilitar ao máximo a técnica por questionário com todas as desvantagens que isso possa trazer, como qualquer método, a possibilidade de serem feitos on-line tem também as suas vantagens.